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Campanha sobre uso racional de medicamentos

No dia 05 de maio é comemorado, anualmente, o Dia Nacional sobre o Uso Racional de Medicamentos. Desta forma, neste dia 08 de maio, a Farmacêutica Evely Sampaio realizou na Policlínica Regional de Russas, uma palestra sobre o uso racional de medicamentos.

Todos sabemos que tomar medicamento é coisa séria. Medicamentos são produtos que servem para prevenir o aparecimento de doenças (vacinas), aliviar sintomas ou sinais (medicamentos contra dor e febre), controlar doenças crônicas e reduzir o risco de complicações (medicamentos para pressão alta, diabetes, asma, entre outros), recuperar a saúde (antibióticos), auxiliar no diagnóstico de doenças (contrastes utilizados em radiologia e outros exames).

Mas antes de falarmos de doenças, remédios e medicamentos, é bom lembrar que, para termos uma boa saúde, não podemos esquecer algumas práticas do dia a dia muito importantes, que são:

  • Alimentação saudável (sem excesso de sal, açúcar e gorduras);

  • Exercícios físicos;

  • Uma boa noite de sono;

  • Beber bastante água;

  • Não fumar e evitar bebidas alcoólicas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, entende-se que há uso racional de medicamentos quando pacientes recebem medicamentos para suas necessidades, em doses adequadas, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. O uso irracional ou inadequado de medicamentos é um dos maiores problemas em nível mundial. A OMS estima que mais da metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente.

Exemplos de uso irracional de medicamentos incluem: uso de muitos medicamentos por paciente ("polifarmacia"); uso inadequado de antimicrobianos, muitas vezes em dosagem inadequada, para infecções não bacterianas; automedicação inapropriada, muitas vezes medicamentos prescritos; não aderência aos regimes de dosagem.

Não use medicamentos indicados por outras pessoas, como amigos, vizinhos e parentes, mesmo que elas digam que tiveram os mesmos sintomas ou sinais que você. Cuidado! Doenças diferentes podem ter sintomas ou sinais parecidos ou até iguais, e você poderá usar um medicamento que poderá prejudicar ainda mais a sua saúde. O uso excessivo, indevido ou o sub uso de medicamentos resulta em riscos para a saúde, além de desperdício de recursos financeiros.

Qualquer que seja a doença, de longa duração ou passageira, o tratamento deve ser bem entendido pelo paciente, seu familiar ou cuidador, e seguido com rigor até o final, de acordo com a receita e as orientações recebidas. O alívio da dor ou o desaparecimento dos sintomas ou sinais não significa a cura da doença. A interrupção do tratamento antes do prazo informado na receita pode resultar em agravamento da doença.

Evite tomar seu medicamento quando você estiver deitado. Tome-o com um copo cheio de água, nunca com refrigerante, chá, café ou bebida quente. Lembre que nem todo medicamento pode ser tomado com leite, sucos de frutas ou mesmo com alimentos. Cuidado com medicamentos fitoterápicos (à base de plantas medicinais), pois eles também podem causar reações adversas.

No momento da consulta com o médico, informe sobre os medicamentos (incluindo fitoterápicos e homeopáticos) que você usa, tendo eles sido receitados ou não. Informe os problemas que você já teve por causa de um medicamento (tais como: dor de cabeça, enjoo, tontura, manchas na pele, tosse etc.). Diga se você é alérgico a algum medicamento. Lembre-se dos nomes dos medicamentos que você não conseguiu utilizar e o porquê de não ter conseguido. Fale sobre as doenças que alguns membros de sua família têm (diabetes, hipertensão etc.). Informe se você está ou pretende ficar grávida. Diga se fuma e/ou toma bebida alcoólica e com que frequência, e se pratica alguma atividade física.

Esclareça suas dúvidas sobre os medicamentos que forem receitados: Qual a dose (quantidade) a ser utilizada em cada tomada, quantas vezes ao dia deverá usar cada dose, por quanto tempo deve usar o medicamento, quais os horários para utilizá-los, se pode tomar antes ou depois das refeições.

No momento da compra ou do recebimento do medicamento, confira se é de fato o medicamento que foi receitado, observar a validade do medicamento antes de adquiri-lo, pois o uso de medicamentos fora do prazo de validade pode não produzir efeito ou ainda prejudicar a sua saúde. Não compre ou aceite medicamento que esteja com a embalagem aberta/violada ou amassada, com o lacre rompido, ou que tenha rótulo que se solte facilmente, ou esteja apagado e borrado.

Devem ser tomados alguns cuidados ao guardar medicamentos, pois os medicamentos devem sempre ser protegidos da luz, da umidade e do calor. Alguns medicamentos devem ser armazenados na geladeira, guardados em uma caixa plástica e na última prateleira da geladeira, nunca na porta, para evitar variações de temperatura. Nunca deixe medicamentos no banheiro, no carro ou na cozinha próximos a fontes de calor. O ideal é ter um espaço separado para guardar os medicamentos (“farmacinha”). Mantenha os medicamentos em sua própria caixa e junto da bula, evitando amassar ou cortar as cartelas dos medicamentos para não perder suas informações ou dificultar a identificação dele. Não reutilize frascos ou recipientes vazios de medicamentos para outros fins e nem use outros recipientes para guardar medicamentos. E mais importante, mantenha em locais protegidos de insetos, fora do alcance de crianças e animais, longe de alimentos, produtos químicos e produtos de limpeza.

Com esses cuidados, você não colocará em risco a qualidade do medicamento e evitará que ocorram problemas com você ou com outras pessoas, em especial as crianças, por erro no uso de medicamentos.

Caso observe algum sintoma indesejado, relate imediatamente ao profissional de Saúde que lhe receitou o medicamento. Caso observe algo diferente no medicamento (cor e cheiro alterados, falta de algum comprimido na embalagem etc.) informe a Vigilância Sanitária local.

As gestantes só devem utilizar medicamentos (incluindo fitoterápicos e homeopáticos) sob prescrição de profissional habilitado, pois muitos deles podem ser prejudiciais à sua saúde e à saúde do bebê, pois muitos medicamentos usados pela mãe passam para o bebê através do leite materno e placenta, podendo causar problemas à criança.

Nem todo medicamento para adultos pode ser utilizado por crianças. É importante orientar as crianças quanto ao perigo do uso de medicamentos e para a necessidade de perguntar a um adulto no caso de dúvida, evitando que possam confundir medicamentos com doces ou balas, por exemplo.

Os medicamentos atuam de forma diferenciada nos idosos, aumentando os riscos de intoxicação e de efeitos indesejados. Preste atenção nas queixas e nos desconfortos, principalmente aquelas que são diferentes dos sintomas ou sinais da doença tratada. Em pessoas idosas com problemas de visão e de memória, são frequentes as confusões com medicamentos, principalmente os que têm forma ou aspecto semelhante e embalagens parecidas.

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